tag:theconversation.com,2011:/institutions/institut-dinvestigacio-biomedica-de-bellvitge-idibell-4946/articlesInstitut d'Investigació Biomèdica de Bellvitge (IDIBELL)2023-12-13T19:05:47Ztag:theconversation.com,2011:article/2198682023-12-13T19:05:47Z2023-12-13T19:05:47ZCresce o clamor pelo fim dos experimentos com animais. Mas ainda é cedo<figure><img src="https://images.theconversation.com/files/565514/original/file-20231211-29-eyxenn.jpg?ixlib=rb-1.1.0&rect=198%2C39%2C5069%2C3395&q=45&auto=format&w=496&fit=clip" /><figcaption><span class="caption">Um dia, a experimentação animal não será mais indispensável pois teremos desenvolvido um conjunto de métodos alternativos e estratégias que permitirão evitar o uso de animais na pesquisa biomédica. Mas, até lá, tudo deve ser explicado à sociedade de forma rigorosa e transparente.</span> <span class="attribution"><a class="source" href="https://www.shutterstock.com/es/image-photo/white-laboratory-rat-hands-scientist-blue-1776668258">Aleksandr Pobeda/Shutterstock</a></span></figcaption></figure><p>Estes são tempos complexos para a experimentação animal na Europa. Grupos de direitos dos animais e empresas emergem regularmente da sociedade para se opor ao uso de animais em pesquisas biomédicas e exigir que esses experimentos sejam proibidos o mais rápido possível e que sejam substituídos por métodos alternativos que não exijam o uso de animais.</p>
<p>Duas iniciativas de cidadãos foram apresentadas ao Parlamento Europeu nos últimos dez anos, em 2013 e 2021, que, com mais de um milhão de assinaturas cada, conquistaram o direito de propor o fim dos testes em animais na União Europeia.</p>
<p>A <a href="https://ec.europa.eu/commission/presscorner/detail/en/IP_15_5094">Comissão Europeia respondeu em 2015</a> e <a href="https://single-market-economy.ec.europa.eu/publications/communication-commission-european-citizens-initiative-eci-save-cruelty-free-cosmetics-commit-europe_en">2023</a>, respectivamente, às duas propostas de forma semelhante: rejeitando os pedidos para acabar com os testes em animais como prematuros, pois ainda eram indispensáveis para garantir o progresso biomédico na saúde humana e animal.</p>
<p>No entanto, em ambas as ocasiões, também foi acordado promover o desenvolvimento de métodos alternativos, que estão sendo gradualmente validados cientificamente e permitem a substituição progressiva de animais de laboratório usados em pesquisas por outros métodos que não envolvam animais.</p>
<p>Diante dessa situação, a comunidade científica se organizou lançando acordos de transparência na experimentação animal, que visam fornecer à sociedade em geral informações rigorosas, detalhadas e atualizadas sobre como, onde e por que os animais são usados em pesquisas.</p>
<p>A <a href="https://concordatopenness.org.uk/">primeira dessas iniciativas</a> surgiu no Reino Unido em 2014. Dois anos depois, um <a href="https://cosce.org/acuerdo-de-transparencia/">acordo semelhante foi lançado na Espanha</a>, com o envolvimento da Confederação das Sociedades Científicas Espanholas (<a href="https://cosce.org/">COSCE</a>), que criou uma <a href="https://cosce.org/comision-cosce-de-estudio-del-uso-de-animales-en-investigacion-cientifica/">comissão para estudar o uso de animais em pesquisas científicas</a>, e a colaboração da Associação Europeia de Pesquisa Animal (<a href="https://www.eara.eu/">EARA</a>). Hoje, esse acordo reúne 166 organizações, representando a maioria das universidades, centros de pesquisa e sociedades científicas, entre outros grupos.</p>
<h2>Somente quando não houver métodos alternativos</h2>
<p>A experimentação animal para fins educacionais ou de pesquisa é uma das atividades científicas mais rigorosamente regulamentadas e supervisionadas. Ela só é permitida em centros registrados, por pessoas com treinamento específico em experimentação animal e somente após ter sido avaliada favoravelmente por um comitê de ética e ter obtido uma autorização específica para cada experimento, concedida pelas autoridades competentes de cada país.</p>
<p>A <a href="https://www.boe.es/doue/2010/276/L00033-00079.pdf">legislação europeia</a> (Diretiva 2010/63/UE) e a <a href="https://www.boe.es/diario_boe/txt.php?id=BOE-A-2013-1337">legislação espanhola</a> (Real Decreto 53/2013 e <a href="https://www.boe.es/buscar/doc.php?id=BOE-A-2013-6271">Lei 6/2013</a>) incluem os princípios para preservar o bem-estar animal que conhecemos como os três Rs: substituir, reduzir e refinar. Isso implica o seguinte:</p>
<ul>
<li><p>os animais só podem ser usados em experimentos quando não houver métodos alternativos para um determinado experimento;</p></li>
<li><p>o menor número possível de animais deve ser usado para obter resultados conclusivos;</p></li>
<li><p>e os métodos mais otimizados e avançados de cuidado e experimentação que reduzam o sofrimento e a dor dos animais devem ser sempre usados.</p></li>
</ul>
<p>Tanto a legislação europeia quanto a espanhola afirmam em sua exposição de motivos que o objetivo final dessas regras é acabar com a experimentação animal. Mas eles acrescentam, de forma muito clara, “quando cientificamente possível”. E ainda não é.</p>
<h2>Os animais de laboratório continuam sendo indispensáveis</h2>
<p>Os animais de laboratório continuam sendo indispensáveis e seu uso é regulamentado, por exemplo, em estudos de toxicidade das substâncias e dos medicamentos que consumimos ou com os quais nós, humanos, animais e o meio ambiente entramos em contato, na validação de vacinas candidatas, no desenvolvimento de terapias genéticas e na pesquisa básica dos processos que nos permitem estudar o funcionamento de nossos corpos na saúde e na doença.</p>
<p>Os acordos de transparência na experimentação animal têm como objetivo levar à sociedade, em termos acessíveis a todos, todo o trabalho realizado com animais na pesquisa biomédica e sua relevância para a saúde humana e animal.</p>
<p>Atualmente, <a href="https://www.eara.eu/transparency-agreements">dez países já têm acordos</a> desse tipo em vigor. Em ordem de aparecimento, os países com acordos de transparência em testes em animais são Reino Unido, Espanha, Portugal, Bélgica, França, Alemanha, Holanda, Nova Zelândia, Suíça e Austrália. No total, são mais de 500 entidades que aderiram a esses acordos, das quais uma em cada três é espanhola, pois o acordo espanhol é o que reúne o maior número delas.</p>
<h2>Falando e relatando o progresso em uma base anual</h2>
<p>Este ano, os autores deste artigo apresentaram o sexto relatório do acordo COSCE para transparência na experimentação animal, que foi auditado pela EARA e que pode ser consultado, juntamente com as inúmeras atividades realizadas em prol da transparência, no <a href="https://cosce.org/acuerdo-de-transparencia/">site do COSCE</a>.</p>
<p>Nesses acordos de transparência, as organizações membros se comprometem voluntariamente a cumprir quatro compromissos:</p>
<ul>
<li><p>Falar claramente sobre quando, como e por que os animais são usados em pesquisas.</p></li>
<li><p>Fornecer informações adequadas à mídia e ao público em geral sobre as condições em que as pesquisas que envolvem o uso de modelos animais são realizadas e os resultados obtidos.</p></li>
<li><p>Promover iniciativas que gerem maior conhecimento e compreensão na sociedade sobre o uso de animais em pesquisas científicas.</p></li>
<li><p>Informar anualmente sobre o progresso e compartilhar experiências.</p></li>
</ul>
<p>Em algum momento, a experimentação animal deixará de ser indispensável porque teremos descoberto ou desenvolvido um conjunto de métodos e estratégias alternativos que possibilitarão evitar o uso de animais na pesquisa biomédica. E então, nós que trabalhamos com pesquisa seremos os primeiros a comemorar.</p>
<p>Mas até que esse momento chegue, temos a obrigação moral de continuar a pesquisa com a grande ajuda dos modelos animais. Encontrar curas ou tratamentos para todas as doenças que nos afetam e a todos os outros animais. Desenvolver vacinas que possam lidar com epidemias e pandemias. Evitar que o consumo ou a interação com determinados produtos nos cause danos.</p>
<p>E tudo isso deve ser explicado detalhadamente à sociedade, de forma rigorosa, compreensível e transparente.</p><img src="https://counter.theconversation.com/content/219868/count.gif" alt="The Conversation" width="1" height="1" />
<p class="fine-print"><em><span>Os autores não prestam consultoria, trabalham, possuem ações ou recebem financiamento de qualquer empresa ou organização que se beneficiaria deste artigo e não revelaram qualquer vínculo relevante além de seus cargos acadêmicos.</span></em></p>Embora o objetivo final da comunidade de pesquisa com relação à experimentação animal seja acabar com ela, é preciso esperar até que isso seja cientificamente possível. Por enquanto, só assim podemos encontrar curas e desenvolver vacinas.Lluís Montoliu, Investigador científico del CSIC, Centro Nacional de Biotecnología (CNB - CSIC)Amanda Sierra, Neurociencias, Achúcarro Basque Center for NeuroscienceÁngel Naranjo, Director Animalario. Responsable en Bienestar Animal y Veterinario Designado. Técnico I+D+I, Centro Nacional de Biotecnología (CNB - CSIC)Isabel Fabregat, Profesora de investigación, Institut d'Investigació Biomèdica de Bellvitge (IDIBELL)Josep Solves, Profesor, Universidad CEU Cardenal HerreraMiguel Angel Llamas Matías, Profesor Asociado Departamento Microbiología Facultad Ciencias Biológicas, Universidad Complutense de MadridRosario Moyano, Catedrática de Toxicología., Universidad de CórdobaSergi Vila, Técnico, Universitat de BarcelonaLicensed as Creative Commons – attribution, no derivatives.tag:theconversation.com,2011:article/2194282023-12-11T19:24:32Z2023-12-11T19:24:32ZEn experimentación animal debemos ser muy transparentes<figure><img src="https://images.theconversation.com/files/564798/original/file-20231211-29-eyxenn.jpg?ixlib=rb-1.1.0&rect=222%2C55%2C5054%2C3387&q=45&auto=format&w=496&fit=clip" /><figcaption><span class="caption">
</span> <span class="attribution"><a class="source" href="https://www.shutterstock.com/es/image-photo/white-laboratory-rat-hands-scientist-blue-1776668258">Aleksandr Pobeda/Shutterstock</a></span></figcaption></figure><p>Vivimos tiempos complejos para la experimentación animal en Europa. Desde la sociedad surgen regularmente movimientos asociativos animalistas y empresas que se oponen al uso de animales en la investigación biomédica y reclaman que se prohíban estos experimentos cuanto antes, así como su substitución por métodos alternativos que no requieran emplear animales. </p>
<p>En los últimos diez años se han presentado al Europarlamento dos iniciativas ciudadanas, en 2013 y en 2021, que, con más de un millón de firmas cada una, se ganaron el derecho a proponer acabar con la experimentación animal en la Unión Europea.</p>
<p>La Comisión Europea respondió <a href="https://ec.europa.eu/commission/presscorner/detail/en/IP_15_5094">en 2015</a> y <a href="https://single-market-economy.ec.europa.eu/publications/communication-commission-european-citizens-initiative-eci-save-cruelty-free-cosmetics-commit-europe_en">2023</a>, respectivamente, a las dos propuestas de forma similar: rechazando las peticiones de terminar con la experimentación animal al considerarlas prematuras, por ser todavía indispensable para garantizar el avance biomédico en salud humana y animal. </p>
<p>No obstante, en ambas ocasiones se acordó igualmente potenciar el desarrollo de métodos alternativos, que poco a poco van siendo validados científicamente y permiten sustituir progresivamente los animales de laboratorio usados en investigación por otros métodos sin animales.</p>
<p>Ante esta situación, la comunidad científica se ha organizado lanzando acuerdos por la transparencia en experimentación animal, con los que se pretende proporcionar a la sociedad en general información rigurosa, detallada y actualizada de cómo, dónde y por qué se usan los animales en investigación. </p>
<p>La primera de estas iniciativas surgió <a href="https://concordatopenness.org.uk/">en el Reino Unido</a> en 2014. Dos años después, se lanzó <a href="https://cosce.org/acuerdo-de-transparencia/">en España un acuerdo similar</a>, con la implicación de la Confederación de Sociedades Científicas de España (<a href="https://cosce.org/">COSCE</a>), que constituyó una <a href="https://cosce.org/comision-cosce-de-estudio-del-uso-de-animales-en-investigacion-cientifica/">comisión de estudio del uso de animales en investigación científica</a>, y la colaboración de la Asociación Europea para la Investigación Animal (<a href="https://www.eara.eu/">EARA</a>). Hoy en día, este acuerdo agrupa ya a 166 entidades, que representan a la mayoría de las universidades, centros de investigación y sociedades científicas, entre otros colectivos.</p>
<h2>Solamente cuando no existan métodos alternativos</h2>
<p>La experimentación con animales con fines de investigación o educativos es una de las actividades científicas más estrictamente reguladas y supervisadas. Solo se permite en centros registrados, por parte de personas con formación específica en experimentación animal y únicamente tras haber sido evaluada favorablemente por un comité de ética y haber obtenido un permiso específico para cada experimento, otorgado por las autoridades competentes de cada país. </p>
<p>La legislación europea (<a href="https://www.boe.es/doue/2010/276/L00033-00079.pdf">Directiva 2010/63/EU</a>) y española (<a href="https://www.boe.es/diario_boe/txt.php?id=BOE-A-2013-1337">Real Decreto 53/2013</a>y<a href="https://www.boe.es/buscar/doc.php?id=BOE-A-2013-6271">Ley 6/2013</a>) recoge los principios para preservar el bienestar animal que conocemos como las tres erres: reemplazar, reducir y refinar. Esto implica lo siguiente: </p>
<ul>
<li><p>solamente se podrán usar animales en experimentación cuando no existan métodos alternativos para un determinado experimento; </p></li>
<li><p>se debe emplear el menor número posible de animales que permita obtener resultados concluyentes; </p></li>
<li><p>y se deben usar siempre los métodos de cuidado y experimentación más optimizados y avanzados que reduzcan el sufrimiento y dolor a los animales.</p></li>
</ul>
<p>Tanto la legislación europea como la española recogen en su exposición de motivos que el objetivo último de estas normas es terminar con la experimentación animal. Pero añaden, de forma muy clara, “cuando sea científicamente posible”. Y todavía no lo es. </p>
<h2>Los animales de laboratorio siguen siendo indispensables</h2>
<p>Los animales de laboratorio siguen siendo indispensables y su uso está reglamentado, por ejemplo, en los estudios de toxicidad de las sustancias y fármacos que consumimos o con los que estamos en contacto los seres humanos, animales y medio ambiente, en la validación de candidatos vacunales, en el desarrollo de terapias génicas y en la investigación básica de los procesos que nos permiten estudiar el funcionamiento de nuestro cuerpo en la salud y en la enfermedad.</p>
<p>Los acuerdos por la transparencia en experimentación animal persiguen trasladar a la sociedad, en términos asequibles a todo el mundo, todo el trabajo que se realiza con animales en investigación biomédica y su relevancia para la salud humana y animal. </p>
<p>Actualmente, <a href="https://www.eara.eu/transparency-agreements">ya son diez los países</a> que cuentan con acuerdos de este tipo. Por orden de aparición los países con acuerdos de transparencia en experimentación animal son Reino Unido, España, Portugal, Bélgica, Francia, Alemania, Países Bajos, Nueva Zelanda, Suiza y Australia. En total, son más de 500 las entidades adheridas a estos acuerdos, siendo una de cada tres española, al ser el acuerdo español el que reúne a un mayor número de ellas.</p>
<h2>Hablar con claridad e informar anualmente sobre los avances</h2>
<p>Este año, los autores de este artículo hemos presentado el sexto informe del acuerdo COSCE por la transparencia en experimentación animal, que ha sido auditado por EARA y que puede consultarse, junto con las numerosas actividades realizadas en favor de la transparencia, en <a href="https://cosce.org/acuerdo-de-transparencia/">la página web de la COSCE</a>. </p>
<p>En estos acuerdos de transparencia las entidades adheridas se comprometen, voluntariamente, a cumplir cuatro compromisos: </p>
<ul>
<li><p>Hablar con claridad sobre cuándo, cómo y por qué se usan animales en investigación.</p></li>
<li><p>Proporcionar información adecuada a los medios de comunicación y al público en general sobre las condiciones en las que se realiza la investigación que requiere el uso de modelos animales y los resultados que de ella se obtienen. </p></li>
<li><p>Promover iniciativas que generen un mayor conocimiento y comprensión en la sociedad sobre el uso de animales en investigación científica.</p></li>
<li><p>Informar anualmente sobre el progreso y compartir experiencias.</p></li>
</ul>
<p>En algún momento la experimentación animal dejará de ser indispensable porque habremos descubierto o desarrollado un conjunto de métodos alternativos y estrategias diversas que permitirán evitar el uso de animales en la investigación biomédica. Y entonces las personas que nos dedicamos a la investigación seremos los primeros en celebrarlo. </p>
<p>Pero mientras no llegue ese momento, tenemos la obligación moral de continuar investigando con la gran ayuda de los modelos animales. Para encontrar curas o tratamientos a todas las enfermedades que nos afectan a nosotros y al resto de animales. Para desarrollar vacunas que puedan hacer frente a epidemias y pandemias. Para evitar que el consumo o interacción con determinados productos pueda producirnos algún daño. </p>
<p>Y todo ello debemos explicarlo con todo detalle a la sociedad, con rigor, de forma comprensible y con transparencia.</p><img src="https://counter.theconversation.com/content/219428/count.gif" alt="The Conversation" width="1" height="1" />
<p class="fine-print"><em><span>Lluis Montoliu es miembro de la Comisión COSCE de Estudio del Uso de Animales en Investigación Científica responsable del acuerdo COSCE por la transparencia en experimentación animal en España. Los contenidos de esta publicación y las opiniones expresadas son exclusivamente las del autor y este documento no debe considerar que representa una posición oficial del CSIC ni compromete al CSIC en ninguna responsabilidad de cualquier tipo.</span></em></p><p class="fine-print"><em><span>Amanda Sierra es es investigadora en el Centro Vasco de Neurociencias Achucarro y el Departamento de Bioquímica y Biología Molecular de la Universidad del País Vasco EHU/UPV, adjunta a la vocalía 3 de COSCE y miembro de la comisión COSCE de Estudio del Uso de Animales en Investigación Científica. Los contenidos de esta publicación y las opiniones expresadas son exclusivamente de la autora y no representan una posición oficial de Achucarro ni la UPV/EHU, ni les compromete en ninguna responsabilidad de cualquier tipo.</span></em></p><p class="fine-print"><em><span>Ángel Naranjo es Presidente de la Sociedad Española para las Ciencias del Animal de Laboratorio (SECAL). Miembro de la Comisión COSCE de Estudio del Uso de Animales en Investigación Científica. Los contenidos de esta publicación y las opiniones expresadas son exclusivamente las del autor y este documento no debe considerar que representa una posición oficial del CSIC ni compromete al CSIC en ninguna responsabilidad de cualquier tipo.</span></em></p><p class="fine-print"><em><span>Isabel Fabregat es investigadora en el Instituto de Investigación Biomédica de Bellvitge (IDIBELL), vocal 3 de COSCE y coordinadora de la comisión COSCE de Estudio del Uso de Animales en Investigación Científica. Los contenidos de esta publicación y las opiniones expresadas son exclusivamente de la autora y no representan una posición oficial del IDIBELL , ni compromete al IDIBELL en ninguna responsabilidad de cualquier tipo.</span></em></p><p class="fine-print"><em><span>Josep Solves es profesor del Departamento de Comunicación e Información Periodística de la Universidad CEU Cardenal Herrera. Es miembro de la Comisión COSCE de Estudio del Uso de Animales en Investigación Científica. Los contenidos de esta publicación y las opiniones expresadas en ella son exclusivamente las del autor y no representan una posición oficial de la mencionada universidad ni la comprometen en ninguna responsabilidad de cualquier tipo.</span></em></p><p class="fine-print"><em><span>Miguel Angel Llamas Matías es Profesor Asociado del Departamento de Genética, Fisiología y Microbiología de la Facultad d eCiencias Biológicas de la Universidad Complutense de Madrid. Es miembro de la Comisión COSCE de Estudio del Uso de Animales en Investigación Científica. Los contenidos de esta publicación y las opiniones expresadas en ella son exclusivamente las del autor y no representan una posición oficial de la mencionada universidad ni la comprometen en ninguna responsabilidad de cualquier tipo.</span></em></p><p class="fine-print"><em><span>Rosario Moyano es miembro de la Comisión COSCE de Estudio del Uso de Animales en Investigación Científica responsable del acuerdo COSCE por la transparencia en experimentación animal en España. Los contenidos de esta publicación y las opiniones expresadas son exclusivamente las del autor y este documento no debe considerar que representa una posición oficial de la Universidad de Córdoba ni compromete a la UCO en ninguna responsabilidad de cualquier tipo.</span></em></p><p class="fine-print"><em><span>Sergi Vila es colaborador de la Comisión COSCE de Estudio del Uso de Animales en Investigación Científica y EARA. Los contenidos de esta publicación y las opiniones expresadas son exclusivamente las del autor y este documento no debe considerar que representa una posición oficial de la UB ni compromete a la UB en ninguna responsabilidad de cualquier tipo.</span></em></p>Aunque el objetivo último de la comunidad investigadora con respecto a la experimentación animal es terminar con ella, debe esperar a que sea científicamente posible. Porque solo así podremos seguir encontrando curas y tratamientos a enfermedades y desarrollando vacunas.Lluís Montoliu, Investigador científico del CSIC, Centro Nacional de Biotecnología (CNB - CSIC)Amanda Sierra, Neurociencias, Achúcarro Basque Center for NeuroscienceÁngel Naranjo, Director Animalario. Responsable en Bienestar Animal y Veterinario Designado. Técnico I+D+I, Centro Nacional de Biotecnología (CNB - CSIC)Isabel Fabregat, Profesora de investigación, Institut d'Investigació Biomèdica de Bellvitge (IDIBELL)Josep Solves, Profesor, Universidad CEU Cardenal HerreraMiguel Angel Llamas Matías, Profesor Asociado Departamento Microbiología Facultad Ciencias Biológicas, Universidad Complutense de MadridRosario Moyano, Catedrática de Toxicología., Universidad de CórdobaSergi Vila, Técnico, Universitat de BarcelonaLicensed as Creative Commons – attribution, no derivatives.tag:theconversation.com,2011:article/1782442022-04-21T17:49:05Z2022-04-21T17:49:05ZLa planta del algodón podría ayudar a tratar un cáncer cerebral incurable<figure><img src="https://images.theconversation.com/files/459092/original/file-20220421-12-iis0jk.jpg?ixlib=rb-1.1.0&rect=11%2C11%2C3918%2C2604&q=45&auto=format&w=496&fit=clip" /><figcaption><span class="caption">
</span> <span class="attribution"><a class="source" href="https://www.shutterstock.com/es/image-photo/agriculture-beautiful-perfect-cotton-capsules-blue-1662254746">Shutterstock / lourencolf</a></span></figcaption></figure><p>El <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Glioblastoma">glioblastoma</a> es el más común y letal de los tumores cerebrales malignos. El tratamiento estándar incluye los tres ejes terapéuticos actuales: resección quirúrgica, radioterapia y quimioterapia con <a href="https://es.wikipedia.org/wiki/Temozolomida">temozolomida</a>. </p>
<p>Sin embargo, a pesar de la potencia del tratamiento, la <a href="https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1470204509700257">supervivencia media</a> no supera los 15 meses y apenas un 10 % de los pacientes sobreviven más allá de los 5 años desde su diagnóstico. </p>
<p>La eficacia de los tratamientos es limitada debido a la capacidad de las células tumorales para invadir e infiltrar el tejido sano que las rodea, junto con su resistencia a la radio-quimioterapia. En este sentido, el manejo terapéutico actual del glioblastoma es meramente una efímera barrera a la inevitable recaída tumoral. </p>
<p>Estas limitaciones han impulsado la búsqueda de nuevas aproximaciones terapéuticas, principalmente basadas en la identificación de fármacos más efectivos en la erradicación de las células tumorales.</p>
<h2>Muerte celular: la importancia de morir de forma correcta</h2>
<p>La <a href="https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6721599/">resistencia a la muerte celular</a> es uno de los sellos identitarios de las células tumorales y uno de los principales motivos de recurrencia. De hecho, la principal causa del fracaso de la quimioterapia es la activación fallida de la muerte celular.</p>
<p>La muerte de la célula puede tener lugar a partir de la activación de diferentes rutas intracelulares. Una célula que deje de funcionar de forma adecuada tiene que ser inexorablemente eliminada para asegurar el correcto funcionamiento del tejido u órgano del que forma parte. Por tanto, no es de extrañar que existan diferentes alternativas intracelulares para tal fin. El entorno y el contexto interno de la célula juegan un papel central en la activación de un determinado mecanismo o <a href="https://www.nature.com/articles/s41418-017-0012-4">subrutina de muerte celular</a>.</p>
<p>El fin último del tratamiento antitumoral es eliminar la célula maligna, independientemente de la subrutina de muerte celular activada. Sin embargo, el conocimiento básico nos ha demostrado que las rutas intracelulares activadas serán determinantes, no para la eliminación de la célula <em>per se</em>, sino en la comunicación intercelular entre la célula moribunda y sus vecinas. Este diálogo puede ser crítico en la progresión del propio tumor.</p>
<p>En este sentido, y a modo de ejemplo, un <a href="https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fphar.2021.680021/full">contexto extracelular proinflamatorio</a> se asocia frecuentemente a una mayor agresividad del glioblastoma. La única subrutina de muerte celular que no genera inflamación es la apoptosis. </p>
<p>En sentido contrario, la muerte celular de tipo necrótico o necrosis genera un entorno altamente inflamatorio. Las células de glioblastoma se caracterizan por sufrir un proceso de muerte celular <a href="https://www.jbc.org/article/S0021-9258(20)40467-3/fulltext">más cercano a la necrosis que a la apoptosis cuando se exponen a diferentes desafíos proapoptóticos</a>.</p>
<h2>Dificultades para eliminar las células tumorales del glioblastoma</h2>
<p>La apoptosis se caracteriza por la activación de una serie de proteínas llamadas <a href="https://www.revistanefrologia.com/es-pdf-X0211699599024935">caspasas</a>. Estas fragmentan otras proteínas dentro de las células, desmantelando de forma ordenada la maquinaria celular esencial para la vida.</p>
<p>Uno de los puntos clave durante la apoptosis es la rotura del ADN y del núcleo de la célula, hecho que marca el punto de no retorno de la muerte celular. Para este fin, las caspasas activan una proteína que escinde el ADN (una endonucleasa), conocida como <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Caspase-activated_DNase">DFF40/CAD</a>.</p>
<p>Esta proteína es la responsable última de dos procesos biológicos que diferencian la apoptosis del resto de muertes celulares: un tipo de degradación específica del ADN y la fragmentación del núcleo de la célula.</p>
<p>En su forma inactiva, <a href="https://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0021-9258(20)61089-4">se localiza en el citoplasma celular</a>. Esta localización es determinante para que pueda ser activada por caspasas, tras lo cual <a href="https://www.jbc.org/article/S0021-9258(19)35080-X/fulltext">se dirige al núcleo para fragmentar el ADN</a>.</p>
<p>El glioblastoma presenta dos irregularidades que <a href="https://academic.oup.com/neuro-oncology/article/18/7/950/1751820?login=false">dificultan que las caspasas activen la proteína mencionada</a>: primero, unos bajos niveles de expresión de esta endonucleasa respecto a otros tumores; y segundo, una localización inusual de esta proteína en el núcleo celular. </p>
<p>Ambas características se suman impidiendo el desmantelamiento del núcleo celular y sus componentes. Este escenario dificulta que la célula tumoral moribunda supere el umbral del punto de no retorno que proporcionaría la apoptosis.</p>
<figure class="align-center zoomable">
<a href="https://images.theconversation.com/files/459094/original/file-20220421-20-jo0f4b.jpg?ixlib=rb-1.1.0&q=45&auto=format&w=1000&fit=clip"><img alt="" src="https://images.theconversation.com/files/459094/original/file-20220421-20-jo0f4b.jpg?ixlib=rb-1.1.0&q=45&auto=format&w=754&fit=clip" srcset="https://images.theconversation.com/files/459094/original/file-20220421-20-jo0f4b.jpg?ixlib=rb-1.1.0&q=45&auto=format&w=600&h=450&fit=crop&dpr=1 600w, https://images.theconversation.com/files/459094/original/file-20220421-20-jo0f4b.jpg?ixlib=rb-1.1.0&q=30&auto=format&w=600&h=450&fit=crop&dpr=2 1200w, https://images.theconversation.com/files/459094/original/file-20220421-20-jo0f4b.jpg?ixlib=rb-1.1.0&q=15&auto=format&w=600&h=450&fit=crop&dpr=3 1800w, https://images.theconversation.com/files/459094/original/file-20220421-20-jo0f4b.jpg?ixlib=rb-1.1.0&q=45&auto=format&w=754&h=565&fit=crop&dpr=1 754w, https://images.theconversation.com/files/459094/original/file-20220421-20-jo0f4b.jpg?ixlib=rb-1.1.0&q=30&auto=format&w=754&h=565&fit=crop&dpr=2 1508w, https://images.theconversation.com/files/459094/original/file-20220421-20-jo0f4b.jpg?ixlib=rb-1.1.0&q=15&auto=format&w=754&h=565&fit=crop&dpr=3 2262w" sizes="(min-width: 1466px) 754px, (max-width: 599px) 100vw, (min-width: 600px) 600px, 237px"></a>
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<span class="caption">Glioblastoma en zona frontal derecha de un cerebro.</span>
<span class="attribution"><a class="source" href="https://www.shutterstock.com/es/image-photo/mri-brain-show-left-frontal-gliblastoma-1080095912">Shutterstock / O_Akira</a></span>
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<h2>Fármacos que fragmenten el núcleo de las células tumorales: el gosipol</h2>
<p>Alentados por el hecho de que estas células tumorales siguieran expresando DFF40/CAD, iniciamos la búsqueda de fármacos capaces de activar a esta proteína y promover la fragmentación del núcleo celular.</p>
<p>De entre los fármacos testados, <a href="https://www.mdpi.com/2072-6694/13/21/5579">el gosipol nos proporcionó los mejores resultados</a>. El gosipol es un compuesto que se extrae de la planta del algodón, del género <em>Gossypium</em>. Fue aislado por primera vez a finales del siglo XIX como un pigmento amarillo altamente fotosensible. </p>
<p>Es, además, un subproducto detectado en el aceite extraído de la semilla de la planta del algodón, de uso alimentario. Su consumo se asoció con una <a href="https://www.tandfonline.com/doi/full/10.3109/13880209.2013.832776">disminución de la fertilidad masculina</a>, suscitando el interés de la comunidad científica. </p>
<p>A pesar de su potencialidad como anticonceptivo masculino, el gosipol nunca ha llegado al mercado como tal. Actualmente, es un fármaco experimental ampliamente estudiado por sus <a href="https://www.mdpi.com/1424-8247/15/2/144">propiedades antitumorales</a>. Nuestro laboratorio ha demostrado que a concentraciones elevadas, el gosipol promueve la fragmentación nuclear de las células de glioblastoma, forzándolas a cruzar el punto de no retorno en la muerte celular.</p>
<p>El gosipol es el primer eslabón en el hallazgo de nuevos fármacos útiles en la terapia del glioblastoma. Ahora sabemos que las limitaciones de este tipo de tumor para activar una apoptosis más allá del punto de no retorno pueden ser salvadas mediante la utilización del fármaco adecuado.</p>
<p>Así, se abre una nueva línea de investigación a la hora de desarrollar nuevos tratamientos y estrategias más eficaces para este tipo de cáncer, actualmente incurable. </p>
<p>Esperamos que en los próximos años aparezcan nuevos medicamentos con función similar al gosipol que nos permitan hacer frente a los retos terapéuticos que nos presenta el glioblastoma y, confiemos, otros tumores agresivos.</p><img src="https://counter.theconversation.com/content/178244/count.gif" alt="The Conversation" width="1" height="1" />
<p class="fine-print"><em><span>Víctor José Yuste Mateos recibe fondos del Ministerio de Ciencia e Innovación. </span></em></p><p class="fine-print"><em><span>Jordi Bruna Escuer y Judit Ribas Fortuny no reciben salarios, ni ejercen labores de consultoría, ni poseen acciones, ni reciben financiación de ninguna compañía u organización que pueda obtener beneficio de este artículo, y han declarado carecer de vínculos relevantes más allá del puesto académico citado.</span></em></p>Las terapias actuales contra el glioblastoma son efímeras barreras a la inevitable recaída tumoral. Por eso se están buscando fármacos que erradiquen completamente las células tumorales.Judit Ribas Fortuny, Profesora Agregada de Farmacología, Universitat de LleidaJordi Bruna Escuer, Coordinador de la Unidad de Neuro-Oncología, Hospital Universitario de Bellvitge-ICO L'Hoapitalet, Institut d'Investigació Biomèdica de Bellvitge (IDIBELL)Víctor José Yuste Mateos, Profesor Titular de Universidad de Bioquímica y Biología Molecular, Universitat Autònoma de BarcelonaLicensed as Creative Commons – attribution, no derivatives.tag:theconversation.com,2011:article/1493872020-11-04T19:50:14Z2020-11-04T19:50:14ZCovid-19: la malinterpretación de los datos de la pandemia daña la confianza del público<figure><img src="https://images.theconversation.com/files/367457/original/file-20201104-13-j4qj41.jpg?ixlib=rb-1.1.0&rect=0%2C462%2C5607%2C3261&q=45&auto=format&w=496&fit=clip" /><figcaption><span class="caption">
</span> <span class="attribution"><a class="source" href="https://www.shutterstock.com/es/image-photo/doctor-wearing-protective-gloves-holding-document-1728317920">Shutterstock / Cryptographer</a></span></figcaption></figure><p>Dos cartas publicadas en <a href="https://www.thelancet.com/journals/lancet/article/PIIS0140-6736(20)31713-X/fulltext"><em>The Lancet</em></a> y <a href="https://www.thelancet.com/journals/lanpub/article/PIIS2468-2667(20)30208-5/fulltext"><em>The Lancet Public Health</em></a> en los últimos meses defienden la necesidad de evaluar de forma independiente la respuesta española ante la covid-19. Estamos de acuerdo, pero nos gustaría complementarlas con tres puntos que nos acercan a la ciencia abierta. Nos referimos a la confusión terminológica, la calidad de los datos y su disponibilidad.</p>
<p>Según las cartas, una de las razones por las que España se ha visto más afectada por la pandemia es la poca confianza que hay en el asesoramiento científico. Creemos que gran parte de esta desconfianza está ocasionada por una importante confusión terminológica. Esta se produce en prácticamente todos los medios de comunicación (con notables excepciones), y conduce a una malinterpretación de los datos y, como consecuencia, a una pérdida de confianza en los sistemas de información sanitaria, en la investigación y la epidemiología.</p>
<h2>¿Casos nuevos o positivos? ¿Sospechosos o confirmados? La importancia del contexto y la terminología</h2>
<p>Cuando hablamos de confusión terminológica no solo nos dirigimos a investigadores, sino a comunicadores y divulgadores. Su responsabilidad es que la sociedad no se confunda y pueda también entender y combatir la pandemia. </p>
<p>Oímos recientemente hablar de “casos positivos” (o, a menudo, simplemente “positivos”), que muchas veces se confunden con los “casos nuevos”. </p>
<p>Los casos positivos son <a href="http://governobert.gencat.cat/es/dades_obertes/dades-obertes-covid-19/index.html">aquellos que han dado positivo en alguna prueba diagnóstica (PCR o test rápido)</a>. Es decir, personas infectadas por SARS-CoV-2, hayan desarrollado covid-19 o no. </p>
<p>Los casos nuevos (“incidentes”) son los que han dado positivo por primera vez. De hecho, los casos positivos no solo incluyen los casos nuevos, sino que también incluyen aquellos que ya habían dado positivo previamente (a menudo más de una vez) y lo han vuelto a dar en otra prueba diagnóstica.</p>
<p>Por tanto, <strong>los casos positivos contabilizan más de una vez los mismos casos</strong>. </p>
<p>Esto hace que sea frecuente que, de un día para otro, aumente el número de casos positivos (que dependen del número de pruebas realizadas) y disminuya el número de casos nuevos. De los dos conceptos, el relevante para la investigación epidemiológica es el de “casos nuevos” o “incidencia” de la enfermedad. Es decir, el número de casos nuevos en un período de tiempo determinado. </p>
<p>Cuando se informa de los casos positivos siempre se debería acompañar de la información sobre casos nuevos, ya que es el concepto que realmente informa del contagio. Además, se debería utilizar siempre el mismo período temporal. Por ejemplo, casos nuevos en las últimas 24 horas o incidencia acumulada en la última semana. En su lugar, a menudo se utilizan indistintamente y sin diferenciar. </p>
<p>También sería importante acompañar esta información con el número de pruebas positivas entre las realizadas (“tasa de positividad”), útil para conocer indirectamente la calidad del rastreo. Valores bajos indican que este es mejor y que se están realizando pruebas no solo a personas con síntomas. </p>
<p>Por otra parte, suelen confundirse “casos confirmados” con “casos sospechosos”. Los casos confirmados son los casos positivos. Los sospechosos son las personas que en algún momento han presentado síntomas y un profesional sanitario los ha clasificado como posible caso, pero no tienen una prueba diagnóstica con resultado positivo.</p>
<p>Otro término que habría que considerar en todas las estadísticas es el de “casos activos”. Se define como personas infectadas (PCR positivos, hayan desarrollado o no la enfermedad), menos las curadas (tanto infectadas asintomáticas como curadas de la covid-19) y las fallecidas. </p>
<p>En general, no se dispone de estos datos (el Ministerio de Sanidad no facilita datos de personas curadas). Además, se debería discriminar entre personas infectadas y enfermas.</p>
<h2>¿Es posible mejorar la calidad de los datos? ¿Definimos todos igual la mortalidad?</h2>
<p>Parte de la desconfianza de la sociedad y de la baja calidad de algunos trabajos de investigación están ocasionadas por problemas en la calidad de los datos. </p>
<p>Este es un problema estructural causado por la diversidad de criterios usados en la recogida sistemática de datos clínicos. En otras palabras, es un error asociado a la recogida de los datos y no un fallo causado por la pandemia. Como decía uno de los más prestigiosos estadísticos de la medicina, Douglas Altman, <a href="https://www.bmj.com/content/308/6924/283">“para maximizar el beneficio para la sociedad, no solo se necesita investigar, sino hacerlo bien”</a>. </p>
<p>Por ese motivo, preguntarse por la calidad de los datos (también por su transparencia, validez, integridad, relevancia, exhaustividad, utilidad, generalización, objetividad, y fiabilidad) y sus diseños es algo fundamental.</p>
<p>Es conocida la discrepancia sobre las cifras de mortalidad a consecuencia de la covid-19. A partir del 11 de mayo, las comunidades autónomas notifican diariamente los casos confirmados de forma individualizada al Ministerio de Sanidad, <a href="https://www.mscbs.gob.es/en/profesionales/saludPublica/ccayes/alertasActual/nCov/situacionActual.htm">quien los publica en internet</a>. Según este informe, hasta el 30 de octubre se habrían producido 35 878 muertes en toda España y, por poner un ejemplo, 5 991 en Cataluña. Sin embargo, según la Generalitat, en esta Comunidad Autónoma se habrían producido 13 955 muertes hasta ese día. </p>
<p>La diferencia se debe a la definición de la mortalidad como consecuencia de la covid-19: “fallecidos confirmados”, según el Ministerio de Sanidad; “fallecidos confirmados y sospechosos”, según la Generalitat de Cataluña. Es cierto que esta última definición refleja mejor la situación, pero tampoco proporciona el número real de fallecidos. </p>
<p>Según las estimaciones del exceso de mortalidad realizadas por el <a href="https://www.isciii.es/QueHacemos/Servicios/VigilanciaSaludPublicaRENAVE/EnfermedadesTransmisibles/MoMo/Paginas/Informes-MoMo-2020.aspx">Centro Nacional de Epidemiología del Instituto de Salud Carlos III</a>, el 25 de octubre se habría producido un exceso de 58 389 defunciones en el conjunto de España (44 585 entre el 11 de marzo y el 9 de mayo y 9 074 entre el 1 de septiembre y el 25 de octubre) y 13 245 en Cataluña (11 922 entre el 13 de marzo y el 8 de mayo y 778 entre el 9 de septiembre y el 25 de octubre). Esto implica unos 700 fallecidos menos que la cifra proporcionada por la Generalitat de Catalunya. Debe señalarse, además, que el MoMo contabiliza la mortalidad bruta. Es decir no todo el exceso de muertes es debido a la COVID-19.</p>
<p>Otro concepto que debe considerarse es el de “letalidad”, es decir, aquellas muertes producidas por la propia infección viral. En este caso la causa inicial o fundamental del fallecimiento es la covid-19. No es lo mismo morir <em>por</em> esta enfermedad que morir <em>con</em> una infección por SARS-CoV-2. En ambos casos la PCR sería positiva, pero las cifras de muertes no distinguen ambas posibilidades.</p>
<p>También es conocido el problema sobre el número de fallecidos como consecuencia de la covid-19 en centros residenciales de personas mayores. Un documento interno del Ministerio de Sanidad estima que, hasta agosto, 19 672 personas fallecieron en esas residencias con covid-19 o síntomas similares (<a href="https://www.rtve.es/noticias/20201102/radiografia-del-coronavirus-residencias-ancianos-espana/2011609.shtml">aproximadamente la mitad confirmados y la otra mitad, sospechosos</a>). </p>
<p>Sin embargo, el propio Ministerio de Sanidad reconoció la baja calidad de los datos, que las Comunidades Autónomas no aportan de forma regular ni homogénea. Esto provoca errores en las fechas de fallecimiento, en las causas de muerte, en la suma de residentes, o incoherencias en la evolución temporal (por ejemplo, disminuciones en el número de fallecidos). Además, <a href="https://elpais.com/sociedad/2020-07-07/el-gobierno-cifra-en-27359-el-numero-de-fallecidos-en-residencias-aunque-no-lo-hace-publico-porque-cuestiona-los-datos-de-las-comunidades.html">algunas comunidades no cuentan como fallecidos a residentes que murieron en hospitales, mientras que otras distinguen las personas fallecidas en distintos tipos de residencias</a>.</p>
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<img alt="" src="https://images.theconversation.com/files/367467/original/file-20201104-19-85b33i.jpg?ixlib=rb-1.1.0&q=45&auto=format&w=754&fit=clip" srcset="https://images.theconversation.com/files/367467/original/file-20201104-19-85b33i.jpg?ixlib=rb-1.1.0&q=45&auto=format&w=600&h=400&fit=crop&dpr=1 600w, https://images.theconversation.com/files/367467/original/file-20201104-19-85b33i.jpg?ixlib=rb-1.1.0&q=30&auto=format&w=600&h=400&fit=crop&dpr=2 1200w, https://images.theconversation.com/files/367467/original/file-20201104-19-85b33i.jpg?ixlib=rb-1.1.0&q=15&auto=format&w=600&h=400&fit=crop&dpr=3 1800w, https://images.theconversation.com/files/367467/original/file-20201104-19-85b33i.jpg?ixlib=rb-1.1.0&q=45&auto=format&w=754&h=503&fit=crop&dpr=1 754w, https://images.theconversation.com/files/367467/original/file-20201104-19-85b33i.jpg?ixlib=rb-1.1.0&q=30&auto=format&w=754&h=503&fit=crop&dpr=2 1508w, https://images.theconversation.com/files/367467/original/file-20201104-19-85b33i.jpg?ixlib=rb-1.1.0&q=15&auto=format&w=754&h=503&fit=crop&dpr=3 2262w" sizes="(min-width: 1466px) 754px, (max-width: 599px) 100vw, (min-width: 600px) 600px, 237px">
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<span class="attribution"><a class="source" href="https://www.shutterstock.com/es/image-photo/coronavirus-covid19-global-pandemic-crisishealth-care-1708846993">Shutterstock / Cryptographer</a></span>
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<h2>¿Medimos todos igual la incidencia de la covid-19?</h2>
<p>Las discrepancias también se encuentran en la incidencia de la enfermedad. Los datos mostrados por el Centro Europeo para el Control y la Prevención de Enfermedades (ECDC, por sus siglas en inglés), agencia europea que recoge datos oficiales proporcionados por los Gobiernos, coinciden con los mostrados por el Ministerio de Sanidad, proveedor de esos mismos datos, solo en términos acumulados (337 334 casos confirmados en España hasta el 13 de agosto de 2020). Sin embargo, difieren mucho en los datos de incidencia diaria y semanal. </p>
<p>Así, según el ECDC, la incidencia en la semana del 10 al 16 de agosto <a href="https://www.ecdc.europa.eu/en/geographical-distribution-2019-ncov-cases">fue de 28 451 casos</a>. Según el Ministerio de Sanidad, fue de 16 269 casos (calculado como la diferencia entre los casos acumulados hasta el lunes 17 de agosto y los acumulados hasta el viernes 14 de agosto, puesto que, desde el 4 de julio, el Ministerio no publica datos los fines de semana) o 10 516 casos (calculado como la suma de la incidencia diaria desde el lunes 10 al viernes 14 de agosto, ambos incluidos). </p>
<p>Todos los días de esa semana, la incidencia diaria proporcionada por el Ministerio fue mucho menor que la proporcionada por el ECDC (desde un 45 % inferior el viernes 14, hasta un 83 % el lunes 10). Estas diferencias, que desafortunadamente no son esporádicas, no pueden explicarse exclusivamente por una falta de datos (algunos días algunas comunidades no actualizan los datos por problemas técnicos) sino por una falta de calidad de los mismos.</p>
<p>De hecho, el informe advierte todos los días que “se está realizando una validación individualizada de los casos, por lo que puede haber discrepancias respecto a la notificación de días previos”. No son pocos los días en los que algunas comunidades depuran sus datos y eliminan duplicados. Sin embargo, el Ministerio no vuelve a publicar, por lo menos en línea, la serie revisada con los datos que faltan ni con los depurados. Tampoco cuando se producen cambios metodológicos (por ejemplo, hasta el 10 de mayo las comunidades notificaban al Ministerio los datos diariamente de forma agregada), de frecuencia (desde el 4 de julio no se proporcionan datos los fines de semana) y de temporalidad (los datos de defunciones hasta el 23 de mayo hacen referencia a defunciones diarias y, a partir del 24, a defunciones de los últimos 7 días). </p>
<p>Esta práctica de no publicar toda la serie revisada no es exclusiva del Ministerio, sino que se repite en términos muy parecidos en prácticamente todas las instituciones públicas, incluidas las de las comunidades autónomas.</p>
<p>Tampoco se dispone de información alguna acerca de la aplicación práctica del protocolo de identificación de casos recogido en la <a href="https://www.mscbs.gob.es/en/profesionales/saludPublica/ccayes/alertasActual/nCov/documentos/COVID19_Estrategia_vigilancia_y_control_e_indicadores.pdf"><em>Estrategia de detección precoz, vigilancia y control de covid-19</em></a>. En ella se define como “caso sospechoso” aquel que presenta síntomas, y para el cual está indicada la realización de una PCR u otro tipo de prueba similar. </p>
<p>Pues bien, presentar “fiebre” (por ejemplo), en ausencia de otros síntomas, no conlleva la definición de “caso sospechoso”, y por tanto no implica la realización de la prueba PCR, a pesar de que la fiebre es el síntoma más frecuente de la infección. Queda a criterio de las CCAA, los servicios de salud, o la interpretación del personal médico. </p>
<p>Este hecho es relevante por dos razones:</p>
<ul>
<li><p>Además de los casos sintomáticos y asintomáticos, tendríamos también casos “no diagnosticados”, que son aquellos que, presentando síntomas, no se les ha realizado la prueba diagnóstica. Esto facilita la transmisión comunitaria que la estrategia antes mencionada pretende combatir. </p></li>
<li><p>El número de casos positivos de covid-19 entre Comunidades Autónomas es poco comparable, ya que dependerá de las indicaciones concretas para la transformación de los “casos no diagnosticados” en positivos.</p></li>
</ul>
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<a href="https://images.theconversation.com/files/367469/original/file-20201104-19-3sn9fk.jpg?ixlib=rb-1.1.0&q=45&auto=format&w=1000&fit=clip"><img alt="" src="https://images.theconversation.com/files/367469/original/file-20201104-19-3sn9fk.jpg?ixlib=rb-1.1.0&q=45&auto=format&w=754&fit=clip" srcset="https://images.theconversation.com/files/367469/original/file-20201104-19-3sn9fk.jpg?ixlib=rb-1.1.0&q=45&auto=format&w=600&h=400&fit=crop&dpr=1 600w, https://images.theconversation.com/files/367469/original/file-20201104-19-3sn9fk.jpg?ixlib=rb-1.1.0&q=30&auto=format&w=600&h=400&fit=crop&dpr=2 1200w, https://images.theconversation.com/files/367469/original/file-20201104-19-3sn9fk.jpg?ixlib=rb-1.1.0&q=15&auto=format&w=600&h=400&fit=crop&dpr=3 1800w, https://images.theconversation.com/files/367469/original/file-20201104-19-3sn9fk.jpg?ixlib=rb-1.1.0&q=45&auto=format&w=754&h=503&fit=crop&dpr=1 754w, https://images.theconversation.com/files/367469/original/file-20201104-19-3sn9fk.jpg?ixlib=rb-1.1.0&q=30&auto=format&w=754&h=503&fit=crop&dpr=2 1508w, https://images.theconversation.com/files/367469/original/file-20201104-19-3sn9fk.jpg?ixlib=rb-1.1.0&q=15&auto=format&w=754&h=503&fit=crop&dpr=3 2262w" sizes="(min-width: 1466px) 754px, (max-width: 599px) 100vw, (min-width: 600px) 600px, 237px"></a>
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<span class="attribution"><a class="source" href="https://www.shutterstock.com/es/image-photo/closeup-detail-epidemic-curve-covid19-cases-1844901415">Shutterstock / Cryptographer</a></span>
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<h2>Necesitamos reproducibilidad, repetibilidad y fiabilidad</h2>
<p>La “repetibilidad” significa que los investigadores deben esperar producir resultados idénticos al aplicar los mismos métodos de análisis a los mismos datos para cualquier pregunta. Pero esto solo se consigue con unos datos de calidad suficiente, procedentes de un sistema de información, parafraseando al Ministerio de Sanidad, “fiable, comparable e interoperable”.</p>
<p>En cuanto al principio de la “reproducibilidad”, un investigador diferente debería poder realizar la misma tarea en la ejecución de un análisis en una base de datos y esperar producir un resultado idéntico al del primer investigador. En esta ocasión, la reproducibilidad depende de que el sistema de información, parafraseando de nuevo al Ministerio de Sanidad, sea “accesible y transparente”.</p>
<p>Podemos decir que la accesibilidad a los datos tiene dos componentes interrelacionados: facilidad de acceso y contenido. La accesibilidad a los datos estará muy limitada si, a pesar de que el acceso sea muy fácil, el contenido al que se accede es muy reducido o limitado.</p>
<p>En lo referido a la información sobre la covid-19, existe una gran facilidad de acceso. Tanto el Ministerio de Sanidad, como casi todas las comunidades y ciudades autónomas (con la excepción de Extremadura, Galicia, y Ceuta) e incluso algunos ayuntamientos (como el de Barcelona) tienen webs dedicadas a la información sobre este tema. Sin embargo, en la mayoría de ellas el acceso con finalidades de investigación es muy limitado, puesto que la descarga de datos solo está disponible en las webs de Andalucía, Canarias, Cataluña y Madrid, así como en la web del Ministerio de Sanidad, aunque ésta solo parcialmente (casos que han precisado hospitalización, ingreso en UCI y fallecidos por comunidades autónomas). </p>
<p>El resto de las webs, o bien muestran los datos en formato de tablas y mapas, o solo permite descargar los documentos en formato pdf. Incluso en alguna web (como la del Ministerio) se está restringiendo últimamente el acceso a datos de ingresos en UCI o en hospital, o modificando el formato y definición de las variables. Esto dificulta su descarga, integración y comparabilidad entre las fuentes de información.</p>
<p>En cuanto al contenido de los datos, el panorama es bastante más desfavorable. La mayor cantidad de información la proporciona la web del Ministerio de Sanidad. Sin embargo, una parte importante de la información que dispone el Ministerio no es accesible. Por ejemplo, como dijimos, la información sobre el número de fallecidos en centros residenciales de personas mayores no se ha hecho pública, circulando solo como un documento interno ya que el propio Ministerio reconoció que la calidad de los datos dificulta su difusión. Además, las webs autonómicas o estatales no disponen de un sistema de descarga automática de las actualizaciones de los datos (sí la Organización Mundial de la Salud), por lo que esta debe hacerse de forma manual, lo que dificulta aún más los análisis.</p>
<p>Por otro lado, el nivel máximo de desagregación al que se tiene acceso desde la web del Ministerio es el de comunidad autónoma. La existencia de grupos vulnerables de población que experimentan desigualdades de salud y socioeconómicas es otra de las razones para que en España haya afectado más la pandemia. Esas desigualdades solo pueden ser investigadas a un nivel de desagregación mucho menor que el de comunidad autónoma. </p>
<p>Los datos a nivel de lo que se conoce con el nombre de “área pequeña” solo los proporcionan algunas de las webs de las comunidades autónomas. En este sentido, a nivel de provincia: Aragón, Castilla–La Mancha, Castilla-León; a nivel de comarca, departamento, distrito o área sanitaria, zona o área básica de salud: Andalucía, Asturias, Castilla-León, Cataluña, Madrid, Navarra, La Rioja, Valencia; a nivel de municipio: Andalucía, Baleares, Canarias, Cataluña, Madrid, Murcia, País Vasco, La Rioja, Valencia. Cabe señalar que ciudades grandes como Madrid o Barcelona (aunque también otras) tienen decenas de áreas o zonas básicas de salud.</p>
<p>Así pues, recurriendo a las webs de las comunidades autónomas, sería posible estudiar las desigualdades socioeconómicas en salud y en la mortalidad por covid-19 a nivel de áreas pequeñas de distinto tamaño. Sin embargo, no es posible estudiar las desigualdades en la incidencia, ya que ninguna de las webs de las comunidades (ni tampoco de los ayuntamientos) proporciona información de la incidencia, aunque sí que lo hacen de los casos positivos. Hay que destacar que existe <a href="https://github.com/montera34/escovid19data">alguna iniciativa</a> sin ánimo de lucro que sí que proporciona <a href="https://covid19.genyo.es">esa información</a> a nivel de provincia.</p>
<h2>la información desagregada por grupos de edad es muy escasa</h2>
<p>Por último, si el contagio y la muerte como consecuencia de la COVID-19 se produjese de forma más o menos homogénea para todas las edades bastaría con considerar lo que se denomina razones de incidencia o de mortalidad crudas. Es decir, incidencia o mortalidad por 100 000 habitantes, por ejemplo. Pero a diferencia del contagio, cuya tasa es muy parecida en todas las edades, las muertes se producen sobre todo en edades avanzadas. </p>
<p>En este caso deben utilizarse las razones de incidencia o de mortalidad estandarizadas. Es decir, diferenciar la incidencia o mortalidad por grupos de edad. Desafortunadamente, la información desagregada por grupos de edad es muy escasa a nivel nacional y <a href="https://www.thelancet.com/journals/lanpub/article/PIIS2468-2667(20)30234-6/fulltext">se proporciona en muy pocas webs de las comunidades autónomas</a>. </p>
<p>La incidencia acumulada en las últimas dos semanas se proporciona en la web del Ministerio (y, en el caso de la incidencia acumulada desde el 10 de mayo, desagregada además de por edad también por sexo), aunque para toda España, sin desagregar por comunidades autónomas. Andalucía (por distrito sanitario), Castilla-León (por provincia) y Cataluña (por comarca) proporcionan en sus webs información desagregada por edad y sexo. </p>
<p>Por otra parte, también desagregan la información por edad y sexo, la Comunidad Valenciana, aunque no de forma desagregada a nivel de áreas pequeñas, y el País Vasco, aunque sólo para el día de la consulta, no permitiendo recuperar la información retrospectiva.</p>
<p>En 2019, la Real Sociedad de Estadística británica <a href="https://rss.org.uk/RSS/media/File-library/Policy/2019/9522-RSS-Data-Manifesto.pdf">publicó un informe</a> en el cual ofreció diez recomendaciones sobre cómo el gobierno del Reino Unido podía mejorar sus sistemas de información. Las recomendaciones las divide en tres apartados: datos para una mejor formulación de políticas, los datos como motor de la productividad y prosperidad, y datos para fortalecer la democracia y confiabilidad. </p>
<p>En este sentido creemos que el conjunto de medidas emprendidas y que se puedan emprender para combatir la pandemia podría ser calificado como formulación de políticas. </p>
<p>Así, en el informe se lee que existe una gran oportunidad para una adopción de medidas más eficaz si se utilizan los datos para informar, lo que se está haciendo, y señala diversos aspectos en los que las instituciones públicas deberían enfocarse. Entre ellos: que se debe seguir avanzando en la apertura de los datos procedentes de las instituciones públicas (datos abiertos) y que tanto los investigadores como la opinión pública deben tener acceso a esos datos siempre que sea con fines de investigación y de educación científica para ayudar a la mejora de toma de decisiones para la Salud Pública y la prevención de enfermedades como la covid-19.</p>
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<p><em>También han participado en la elaboración de este artículo Fernando Rosell Ortiz, médico de emergencias y coordinador del Registro Español de Parada Cardiaca Extrahospitalaria; Pilar Rueda de la Puerta, directora técnica del Observatorio de Salud y Medio Ambiente de Andalucia (OSMAN) y Ray G. Butler, CEO de Butler Scientifics.</em></p>
<hr><img src="https://counter.theconversation.com/content/149387/count.gif" alt="The Conversation" width="1" height="1" />
<p class="fine-print"><em><span>Las personas firmantes no son asalariadas, ni consultoras, ni poseen acciones, ni reciben financiación de ninguna compañía u organización que pueda obtener beneficio de este artículo, y han declarado carecer de vínculos relevantes más allá del cargo académico citado anteriormente.</span></em></p>La calidad y disponibilidad de los datos relacionados con la pandemia han supuesto un quebradero de cabeza para investigadores y administraciones desde el primer momento. Sin embargo, la confusión de términos también ha provocado su malinterpretación y, en consecuencia, la confianza del público se ha visto dañada.Marc Saez Zafra, Catedrático de Estadística y Econometría, Universitat de GironaAdolfo Figueiras Guzmán, Full Professor of Public Health, Universidade de Santiago de CompostelaAinhoa Alustiza Galarza, Demographer, Max Planck Institute for Demographic ResearchAlberto Ruiz Cantero, Jefe de Servicio de Medicina Interna, Salud Pública AndalucíaAlexandre Medeiros de Figueiredo, Professor of Public Health, Universidade Federal da Paraíba (UFPB)Alex Sánchez-Pla, Profesor Titular de Universidad. Estadística y Bioinformática. Director de la Unidad de Estadística y Bioinformática del Vall d'Hebron Research Institute, Universitat de BarcelonaAnabel Forte Deltell, Doctora en Matemáticas y profesora en la Universidad de Valencia, Departamento de Estadística e Investigación Operativa, Universitat de ValènciaAndrés Cabrera León, Doctor en Estadística y Matemáticas. Profesor, Salud Pública AndalucíaAntonio Daponte Codina, Médico, Salud Pública AndalucíaAurelio Tobias, Investigador Científico CSIC, Instituto de Diagnóstico Ambiental y Estudios del Agua (IDAEA - CSIC)Carmen Sánchez-Cantalejo Garrido, Técnico de proyectos en el Área de Salud Pública. Experta en Epidemiología y Estadística. Miembro del Instituto de Investigación Biosanitaria de Granada, Salud Pública AndalucíaCristian Tebé Cordomí, Investigador en la Unitat de Bioestadística, Institut d'Investigació Biomèdica de Bellvitge (IDIBELL)Daniel Fernández Martínez, Lector Serra-Húnter en Estadística, Universitat Politècnica de Catalunya - BarcelonaTechDavid Blanco de Tena-Dávila, Asistente metodológico y estadístico de la facultad de Fisioterapia, Universitat Internacional de CatalunyaDominic Royé, Investigador de Geografía Física, Universidade de Santiago de CompostelaErik Cobo Valeri, Catedrático de Estadística e Investigación Operativa, Universitat Politècnica de Catalunya - BarcelonaTechGemma Molist, Profesora en la Facultad de Medicina. Responsable del Servicio de Estadística en el Área de Investigación e Innovación del Hospital General de Granollers., Universitat de Vic – Universitat Central de CatalunyaGuadalupe Gómez Melis, Professor Statistics. President Consell Català d'Estadística. Coordinator GRBIO, Universitat Politècnica de Catalunya - BarcelonaTechInmaculada Mateo Rodriguez, Doctora en psicología, Salud Pública AndalucíaJoan Guàrdia Olmos, Facultat de Psicologia. Secció de Psicologia Quantitativa, Universitat de BarcelonaJorge Casillas, Catedrático de Inteligencia Artificial, Universidad de GranadaJorge Mateu, Profesor de Estadística, Universitat Jaume IJosé A. Martínez, Profesor titular del Departamento de Economía de la Empresa, Universidad Politécnica de CartagenaJosé Antonio González Alastrué, Profesor Titular de Universidad, Dept. Estadística e Investigación Operativa, Universitat Politècnica de Catalunya - BarcelonaTechJuan A. Cayla Buqueras, Presidente Fundación de la Unidad de Investigación en Tuberculosis de Barcelona, Unidad de Investigación en Tuberculosis de Barcelona (UITB)María A. Barceló Rado, Catedrática acreditada de Estadística y Econometría, Universitat de GironaMaría del Mar Rueda García, Catedrática de Estadística e Investigación Operativa, Universidad de GranadaMartí Casals, Profesor de Estadística en la Facultad de Medicina - Fundación de Estudios Superiores en Ciencias de la Salud (FESS), Grupo Investigación del Centro de Estudios en el Deporte y Actividad Física (CEEAF) en la UVic, Universitat de Vic – Universitat Central de CatalunyaMiguel De la Fuente Sánchez, Profesor de Métodos de Investigación, Universidad Alfonso X el SabioPau Fonseca i Casas, Profesor en el área de Estadística e Investigación Operativa, Universitat Politècnica de Catalunya - BarcelonaTechSalvador Macip, Preofessor and Researcher, UOC - Universitat Oberta de CatalunyaSergi Trias-Llimós, Researcher at Centre for Demographic Studies (CED-UAB), Universitat Autònoma de BarcelonaTimothy L M Riffe, Research Scientist, Max Planck Institute for Demographic ResearchUlises Cortés, Catedrático de Inteligencia Artificial, Universitat Politècnica de Catalunya - BarcelonaTechLicensed as Creative Commons – attribution, no derivatives.