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Portal de entrada com letreiro indicando Jurassic Park, no estúdio da Universal, em Hollywood
Entrada para a área do Jurassic Park no estúdio da Universal, em Hollywood. HarshLight, San Jose, CA, USA, CC BY

A ciência e o cinema ainda agradecem a Jurassic Park, 30 anos depois

Jurassic Park, o filme de 1993 sobre dinossauros, é uma façanha cultural e científica. Não apenas anunciou uma nova era em efeitos cinematográficos gerados por computador, mas também reviveu o campo da paleontologia. E, como se isso não bastasse, levantou questões sobre a ética nas pesquisas de DNA.

Baseado no romance homônimo de Michael Crichton, Jurassic Park conta a história de um ambicioso parque temático que usava dinossauros ressuscitados como atrações. Mas, à medida que a história se desenrola, as coisas começam a dar errado.

Neste episódio Discovery do nosso podcast semanal The Conversation Weekly, conversamos com Travis Holland, professor sênior da Universidade Charles Sturt, na Austrália. Ele pesquisa mídias com estudos sobre fãs e analisou o impacto cultural, popular e científico que Jurassic Park mantém até hoje.

“Começamos a ver, a meados do século XX, um renascimento do tema jurássico, com uma série de descobertas e pesquisas interessantes acontecendo no mundo todo”, disse Holland. “Jurassic Park veio no final desse período. Ele pegou toda essa nova ciência e a tornou pública.”

Jurassic Park inspirou a Ciência

O enredo do filme se baseia na capacidade dos cientistas de produzir animais a partir do DNA e ressuscitar animais pré-históricos usando essa tecnologia. Desde 1993, a Ciência do DNA se desenvolveu tanto que essa premissa não é nem mais um enredo de ficção científica rebuscado.

O filme –e sua Ciência– influenciou e moldou a pesquisa não apenas em paleontologia, mas também em tecnologias genéticas. O primeiro mamífero clonado do mundo, a ovelha Dolly, nasceu três anos após o lançamento de Jurassic Park.

Em anúncio amplamente divulgado recentemente, a empresa americana Colossal Biosciences anunciou que está tentando trazer de volta à vida o Mamute-lanoso e outras espécies extintas

Jurassic Park apresentou aos espectadores a questão ética por trás dos avanços biológicos. Ou seja, mesmo que a ciência possa ressuscitar espécies extintas de fato, deveríamos usá-las? O filme não responde à pergunta, mas deixa uma reflexão ainda mais importante à medida que as tecnologias genéticas tornam-se cada vez mais sofisticadas e populares.

A ciência e a arte dos dinossauros

O trabalho de Holland considera Jurassic Park uma linhagem de restaurações e esboços de dinossauros – que ele chama de ‘paleo-mídia’. Essas representações dos dinossauros resultam de uma combinação de pesquisa paleontológica minuciosa, aliada à arte.

“Charles R. Knight pintou um mural chamado Leaping Laelaps, que consiste em dois dinossauros lutando terópodes saltando um contra o outro”, diz Holland. “Eu sugeriria que essa obra de arte possivelmente inspirou até mesmo os Velociraptors e a maneira como eles saltavam em Jurassic Park.”

Dois dinossauros lutam na floresta, na visão artística do pintor Charles R. Knight
O mural Leaping Laelaps, do artista Charles R. Knight, pode ter inspirado os velociraptors de Jurassic Park. (Charles R. Knight/Wikimedia Commons)

Desde 1993, houve um total de seis filmes de Jurassic Park lançados na franquia, o último em 2022. Para saber como o filme continua a inspirar novas gerações de cientistas, artistas, cineastas e, claro, o público, ouça a entrevista no nosso podcast The Conversation Weekly [em inglês].


Este episódio foi escrito e produzido por Katie Flood e apresentado por Nehal El-Hadi. Mend Mariwany é o produtor executivo, Eloise Stevens faz nosso design de som e a música-tema é de Neeta Sarl. Ouça o The Conversation Weekly por meio de qualquer um dos aplicativos listados acima no texto, faça o download diretamente pelo nosso feed RSS ou descubra como ouvir de outra forma aqui.

This article was originally published in English

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