Tentativa de urgência na PL 1904 no Congresso revela muito sobre os retrocessos promovidos pela atual legislatura. Projeto ignora, desvia e distorce fatos, como o de que o aborto é um evento comum na vida das brasileiras.
Arte de Flávio Soares sobre foto de Brynn Anderson / AP
A tentativa de aprovar no Congresso a tramitação em regime de urgência do PL 1904 revela muito sobre os retrocessos promovidos pela atual legislatura. Mas também ignora, desvia e distorce fatos, como o de que o aborto é um evento comum na vida das mulheres brasileiras
Mulheres protestam contra feminicídio nas ruas do Rio: Pesquisa sobre o comportamento da mídia em casos de violência contra a mulher indica que muitas vezes o histórico de violência anterior do perpretador e a situação das mulheres após o crime são omitidos, e o termo “feminicídio” é pouco usado.
AP Photo/Leo Correa
Dar voz às vítimas de violência, abordar os casos sob ótica dos direitos humanos e evitar ênfase à defesa do agressor são alguns dos cuidados a serem tomados pela imprensa na cobertura de casos de feminicídio
A atriz Jess Hong encarna a física Jin Cheng em O Problema dos 3 Corpos, que compila teorias científicas e discute o futuro da humanidade.
Divulgação / Netflix
Luiza Lusvarghi, Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)
As plataformas de streaming têm se notabilizado por colocar mulheres comuns, independentes e profissionalmente qualificadas, em papéis de protagonismo. Netflix e Apple despontam nesse cenário.
Para a pesquisadora Ana Maaria Costa, luta feminista no Brasil ainda tem um longo caminho a percorrer nas esferas legais, econômicas, culturais e tantas outras.
AP Photo/Andre Penner
Luta feminista ainda tem um longo caminho a percorrer nas esferas legais, econômicas, culturais e tantas outras.
A “Marcha das Mulheres por Justiça”, que aconteceu em várias cidades australianas em 2021: para criar variedades vigorosas de feminismo daqui para frente é preciso que as gerações emergentes de feministas saibam que não estão vivendo em um momento isolado, com a tarefa de começar de novo.
Dave Hunt/AAP
Estamos acostumados a descrever o feminismo em “ondas”, desde a primeira, em 1848, fazendo campanha para que as mulheres votassem, até a atual quarta onda, na era do #metoo
Ao lado de conceitos como “ideologia de gênero”, termo é usado como desqualificador no âmbito da reação antifeminista de grupos conservadores, fenômeno recorrente sempre que as mulheres avançam em direção à igualdade, motivado por um senso de vingança ou desejo de manter o status quoCkyBe/Shutterstock
Há uma crescente reação antifeminista em resposta aos avanços na igualdade de gênero, que toma a forma de campanhas antigênero nas quais o termo “feminazi” é usado para desacreditar o feminismo
Mulher participa da Marcha Contra Racismo, Opressões e Violências Pelo Bem Viver, que correu em julho de 2023 no Rio de Janeiro: num dos países que mais mata mulheres no mundo, taxa de feminicídios é 1,7 vezes maior entre mulheres negras.
Foto Vanessa Ataliba/Zimel Press/Folhapress
A maioria das vítimas de feminicídio no Brasil são mulheres negras. Diante desse cenário, o feminismo negro emerge como uma abordagem essencial no enfrentamento à violência contra as mulheres.
Diretora do Centro de Estudos Brasileiros de Saúde (Cebes) e professora do Programa de Pós-Graduação com ênfase em Políticas e Gestão de Saúde, Gênero e Saúde, Direitos Sexuais e Reprodutivos, Saúde da Mulher e Atenção Primária, Escola Superior de Ciências da Saúde
Professora e pesquisadora da Pós-Graduação em Multimeios e integrante do Genecine - Grupo de Estudos Sobre Gêneros Cinematográficos e Audiovisuais, Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)
Médica, doutora em Ciências Humanas e professora do Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e da Mulher do Instituto Fernandes Figueira, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)