Morador solitário tenta atravessar uma rua alagada em Porto Alegre: a expressão “desastres naturais” não define corretamente os eventos climáticos cujas causas e consequências estão relacionadas ao descaso humano com a prevenção contra eventos extremos.
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A expressão “desastres naturais” dá a entender que tragédias como a do Rio Grande do Sul não têm relação com ações humanas. A influência antropogênica nas causas e no enfrentamento desses acontecimentos é tão óbvia que não deveria ser objeto de disputa de narrativa
O centro de Porto Alegre alagado: 93% das cidades brasileiras foram afetadas por eventos climáticos entre 2013 e 2022. E 4,2 milhões de pessoas tiveram que deixar as suas casas em 47% dos municípios do Brasil.
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Não faltam nomes para definir e alertas para chamar a atenção contra as tragédias ambientais recentes que se sucedem. Por que, então, nada vem sendo feito?
No momento, a grande maioria dos 5.570 municípios brasileiros não tem qualquer plano de adaptação para impactos provocados por eventos climáticos extremos.
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Para o vice-presidente do SBPC e professor de Física da USP Paulo Artaxo a tragédia no Rio Grande do Sul deve ser encarada como aprendizado para não errarmos de novo no próximo evento climático extremo, que certamente virá.
O campo de futebol do Estádio Beira-Rio, do Internacional, completamente submerso sob as águas do Guaíba: mudanças climáticas agravam exponencialmente as consequências da falta de planejamento ambiental e infraestrutura hídrica e de saneamento.
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Reitor da Universidade Federal do Pampa escreve sobre sua experiência na tragédia, e traz uma visão acadêmica sobre as falhas humanas que contribuem para o agravamento da situação
Curumim do povo Tembe, no Pará, brinca de arco-e-flecha no leito de um rio seco, durante a estiagem histórica de 2023: modelos climáticos mais regionalizados podem ajudar a prever e planejar adaptações ao novo regime de chuvas devido ao aquecimento global.
AP Photo/Rodrigo Abd
Projeções climáticas para a Amazônia, a partir de modelos regionais que contabilizam os impactos em escalas espaciais menores, mostram a necessidade de um planejamento que envolva toda a sociedade
A região do Caribe inclui vários países que correm o risco de cair em uma “espiral climática da dívida”: estudo sugere uma nova classificação que leve em conta vulnerabilidade climática e econômica para uso de instrumentos financeiros que possam mitigar impactos.
Picryl/US Navy
Estudo sugere classificar os países de acordo com seu endividamento e exposição a riscos ambientais para adaptar as ferramentas financeiras caso a caso
Iceberg derretendo, durante a onda de calor na Antártica em 2022: foi o fenômeno do gênero mais intenso já registrado em todo o mundo.
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Uma onda de calor em 2022 redefiniu as expectativas científicas sobre o clima da Antártica. Agora a comunidade global deve se preparar para o que um mundo mais quente pode trazer.
Balanço de como o mundo está avançando nos objetivos do Acordo de Paris estará no cerne das discussões da COP, que também devem abordar responsabilização, mecanismos de financiamento e transição energética.
AP Photo/Rafiq Maqbool, File
Balanço de como o mundo está avançando nos objetivos do Acordo de Paris estará no cerne das discussões, que também devem abordar responsabilização, mecanismos de financiamento e transição energética
Protesto global contra as mudanças climáticas no Rio de Janeiro: péssima reputação recente do Brasil no setor ainda ecoa.
AP Photo/Silvia Izquierdo
Apesar do otimismo gerado entre ambientalistas após a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva, o momento atual é crítico para a imagem do país em relação a sua política ambiental.
Estudo com participação de cientista brasileiro revela como a geografia do clima, e não apenas o clima em si, influencia nos padrões de diversidade das espécies.
Birger Strahl/Unsplash
Marco Túlio Pacheco Coelho, Swiss Federal Institute for Forest, Snow and Landscape Research (WSL); Catherine Graham, Stony Brook University (The State University of New York), and Dave Roberts, Montana State University
Estudo com participação de cientista brasileiro revela como a geografia do clima, e não apenas o clima em si, influencia nos padrões de diversidade das espécies.
Em breve, poderá ser possível reduzir a intensidade de ciclones pulverizando partículas na atmosfera acima de uma tempestade em formação. Mas os altos custos e a própria marcha acelerada do aquecimento global não facilitarão esse trabalho.
NASA
Em breve, poderá ser possível reduzir a formação e a intensidade de ciclones pulverizando partículas na atmosfera acima de uma tempestade em formação. Mas a tecnologia abre uma caixa de pandora
42 graus em pleno inverno. O Rio de Janeiro, o Brasil e o mundo sofrem com as ondas de calor que evidenciam o aquecimento global e põem em risco a nossa saúde, em diferentes aspectos.
(AP Photo/Bruna Prado)
Com temperaturas superando os 40 graus em pleno inverno, o Brasil está entre os países que mais sofrem com as ondas de calor que assolam o planeta este ano, e que podem comprometer a saúde de todos.
Senior Researcher at Swiss Federal Institute for Forest, Snow and Landscape Research and Adjunct Associate Professor of Ecology and Evolution, Stony Brook University (The State University of New York)